A minha querida Belinha encontrou uns tecidos em lã fria. São tecido Made in England. São marcadamente masculinos. Cinzentos, espinhados, pesadões. Eram de um grande amigo que os tinha para deles fazer um fato. Como esse grande amigo já cá não está, vamos nós dar uso ao tecido. E ontem fomos à costureira da rua onde os meus Pais moram. Lá tirámos medidas. Eu sou mais modesta. Só quero uma saia. A minha Belinha abalançou-se de imediato para um vestido com um decote tipo marinheiro. Não conheço o trabalho da senhora, talvez por isso “apenas” tenha querido uma saia.
Já não é a primeira vez que mando fazer roupa à medida. A primeira vez foi “o” vestido azul claro comprido, com decote em cai-cai, ou como dizem os brasileiros, tomara que caia, que usei na festa de licenciatura da faculdade, ali para os lados do Chiado. Era cortado na cintura para acentuar de forma maravilhosa a pança! Naquela noite, fui a encarnação da Vénus de Milo. Sempre que olho para aquelas fotografias, ainda consigo ficar desiludida comigo mesma. “Como é que foste capaz de fazer isto a ti mesma, Teresinha??”
Ahhh…este vestido azul claro comprido em cai-cai era suposto ser uma réplica de um outro, que tinha provado na Stivali, umas semanas antes e que custava a módica quantia de dois mil e muitos euros. Está bom de ver que os meus Pais não foram na cantiga…
A segunda vez foram umas calças pretas largueironas que são usadas e usadas e usadas e estão ali impecáveis. Quero dizer, estão a ficar com algum brilho da rotina quase diária. Mas já sabem ir sozinhas para o escritório, tal o uso que lhes é dado.
Este é o meu apoio ao produto nacional, e ao que é nacional é bom e ao comércio tradicional e lalala e lalala…
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