Team Building

Na segunda-feira o meu querido BF foi passar o dia a Peniche.

Ao jantar contou-me o que por lá se passou.

Ele trabalha numa daquelas empresas com centenas, aliás, milhares de trabalhadores, espalhados por vários edifícios de Lisboa e arrebaldes.

Naquela segunda-feira rumou para Peniche com alguns colegas de trabalho (cerca de cem pessoas). Uns conhecia pessoalmente, outros de vista, outros o nome, com outros já tinha falado ao telefone e outros eram, pura e simplesmente, desconhecidos.

Diz que passaram o dia a praticar uma série de jogos/ actividades. Uns mais físicos e outros só para puxar pela carola.

Diz que o objectivo é o chamado “team building”, ou seja, através da realização de determinadas actividades, reforçam-se os laços entre os trabalhadores e, consequentemente, a performance da equipa sai reforçada. Há mais produtividade…

Na minha óptica, e sem querer maldizer, parece-me é que houve uma grupeta de cem pessoas que passou o dia na brincadeira, com o assentimento do chefe, e que ainda por cima lhes pagou o almoço e a deslocação!

Provavelmente tenho esta opinião por trabalhar num local com poucas pessoas, ter como chefe o Senhor meu Pai, ter uma mentalidade de pessoa que viveu nos anos ’50 (e que já era antiquada para a época) e sobretudo, não gostar de trabalhos em grupo (mas isso é matéria para outro texto).

Ainda assim acho que não se deve misturar trabalho e diversão (que é o que é o team building!). Nem que seja pela simples razão de que o trabalho, em regra, não é divertido e a concepção de diversão fica deserta depois de aparecer o conceito trabalho.

A tudo acresce o facto de entre os trabalhadores ou colegas dever haver um certo distanciamento. Até se podem tratar por tu e irem almoçar juntos. Inclusive até podem ser amigos. Mas um certo desapego só faz bem…

A equação deve ser: Trabalho = dinheiro = diversão