À beira de completar 30 anos que, como diz a minha querida Fi, é a partir deste momento que podemos fazer e dizer o que nos der na real gana, vou ganhando consciência que o meu maior problema é a criação de expectativas, demasiado elevadas.
Sempre criei altas expectativas quanto aos que me rodeiam, quanto aos conhecidos, aos amigos, aos familiares, aos namorados e especialmente em relação a mim.
Nasci assim e palpita-me que nada me vai fazer mudar.
E vou continuar a dar sempre muito de mim, senão mesmo tudo, porque, caso contrário, nada me faz sentido.
E vou continuar a marrar com os cornos na parede e perceber que, afinal, aquele ou aquela a quem tanto se deu, gorou as nossas expectativas, por completo.
E apesar das desilusões e das expectativas frustradas, continuo a dar amor, amizade, afecto. Porque sim.
E estupidamente, não me sinto estúpida por tanto ter dado.
Mas, se a expectativa é quebrada, afasto-me e não olho para trás.
Quantos ficaram para trás...foi tão grande a expectativa depositada que, à mínima desavença, afasto-me...talvez isto mude com a idade...
E depois vem a frustração de chegar aos 30 anos e, socialmente, nada ter e nada ser. Não há cá alianças no dedo, filhos, casa de férias, uma vida fantástica vivida em cima de uns Louboutins, espremida num vestido de marca de tamanho 36.
Mas afinal tenho tanto, mas mesmo tanto! Oh, se tenho...
Tenho uma família muito amiga e unida, amigos que me acompanham desde os 3 anos e aqueles que, embora há menos tempo, têm a minha amizade intensa, tenho um amor desde 2009 que, por intervenção divina ou coisa do género, finalmente percebeu que devíamos estar juntos (o que ele se vai rir...).
Com a chegada dos 30 vou tentar não criar demasiadas expectativas...vou continuar a sonhar, a amar, a viver sem restrições q.b., mas dando tudo só a quem verdadeiramente merece...
Epá, estou cá com uma fezada que os 30 vão ser fantásticos !!!