Out with the old...in with the new!!

Na Páscoa de 2011 estive em Marrocos e apesar de ter visitado várias aldeias e aldeolas, o sítio que me deixou em estado uuuaaauuuu foi o Jardim Majorelle em Marrakech!

O azul "majorelle" (as tentativas que fiz para encontrar o tom certo foram uma loucura), o amarelo e o laranja são as cores dominantes num espaço que, embora estivesse atulhado de turistas, foi um dos sítios mais bonitos e calmos...

Aqui estão duas fotografias tiradas por mim...a primeira andou na minha carteira durante várias semanas até encontrar o tom de azul certo !!

Bem, desde essa Páscoa que a sala de estar estava uma autêntica sala marroquina, com direito a armário embutido na parede em tons de azul majorelle e amarelo, sofá encarnado, tapete vermelho marroquino, candeeiro marroquino...

Aos poucos foi-se tornando mais "bege" e agora entre sofás brancos e cinzento taupé, almofadas da mesma cor do sofá e uns toques de castanho, o armário embutido vai sofrer uma intervenção drástica !! Vai passar a ser todo o branco e com o fundo forrado a papel de parede Manuel Canovas comprado na loja do Querido Mudei a Casa!!

Aqui estão algumas inspirações:

P.S. - Prometo um antes e um depois !! :)

O IKEA é que sabe !!

Happy sunny weekend !!

To be or not to be...

Ontem, no caminho do ginásio para casa, "apanhei" na TSF, - nem sabia que esta rádio sintonizada, - uma das entrevistas mais surreais que ouvi nos últimos tempos...

O entrevistador, cujo nome não apanhei, falava com um escritor, cujo nome igualmente não entendi, apenas percebi que era um snob de primeira apanha, com seis livros escritos e um curso em Nova Iorque que, por acaso, detestou por ter uma metodologia que não lhe agradou! Santa Paciência...

Sinceramente, não sei quem era o fulano, mas aproveitou para desancar, forte e feio, as Pipocas e as Margarida Rebelo Pinto desta vida, foi atrás do José Rodrigues dos Santos, das 50 Sombras de Grey, ou seja, tudo o que não foi escrito por sua Eminência não tem direito a entrar no interior de uma livraria! Tenho para mim que quem quer, compra e lê no recato das suas casas, quem não gosta, não compra e não lê...mas também não chateia...

O ponto alto da entrevista, - e apenas ouvi cerca de 10 minutos, - surge quando sugere que os escritores deveriam passar por crivo semelhante ao dos advogados !! Será que tem noção do calvário que é preciso para se obter a cédula profissional?? Cinco anos de faculdade, mais dois e meio de estágio (que para muitos colegas não é remunerado) com uns exames pelo meio e no final, depois de mais uns exames que demoram um dia inteiro ainda somos avaliados por três colegas com cara de poucos amigos... E será que entende a necessidade de todas estas avaliações?? 

Parece-me que ser escritor é "profissão" que vem da alma, do jeito de ser (isto hoje está muito poético), é saber contar uma história de forma cativante e interessante... e não se consegue o estatuto de escritor com cursos e/ou workshops de escrita criativa.

Ao invés, um advogado que, obviamente, tem que ter o dom da palavra e também saber escrever algo cativante (sobretudo para os Juízes), estudou anos a fio para aprender a tramitação do processo civil, do penal, do executivo, do administrativo, do fiscal...teve que apreender um sem numero de conceitos e regras!

Haverá comparação possível?? Sujeitar verdadeiros escritores e poetas a exames para obter uma licença para exercer a sua arte ?? 

P.S. - Acabo de receber um email a pedir o meu nome para constar do livre-trânsito de imprensa para entrevistar as nossas figuras do Jet 7 na Gala da TV 7 Dias na red carpet !!! Uma advogada/jornalista e quiçá, um dia, escritora...